A CASA VELHA - ALBALYRA FRANCO DE LINHARES
Hoje visitei minha velha casa.
Inventa a memória claros passos.
A linguagem se fechou na bifurcação
da lembrança.
Ando entre imagens de brinquedos,
entro em um ambiente transitado,
o progresso irrompe na quietude de antigamente.
A paisagem de uma arquitetura
perfura o enramado passo.
Cortaram a juba de suas sombras.
Minha velha casa jaz
triste,
jaz solitária.
Caminho um solar aberto,
passos ofegantes de adolescência
me conduzem,
como um ferido caracol,
como peixe sem porvir,
sobre o naufrágio do passado.
Grafite de Criola
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