COMO OS GATOS - PATRICIA DÍAZ BIALET










Caio sempre de pé como os gatos.
Mas não tenho a mesma sorte.
Eles não sabem do amor subterrâneo 
dos desejos impuros.
Não suspeitam sua preocupação 
no imã pesado do abismo.
Não tenho a mesma sorte.
A mim me colocam diante dos tribunais
e me acusam de ser cruel 
e acostumada ao sofrimento.
No entanto,
sorrio magicamente depois das despedidas
e caio de pé como os gatos
uma vez mais.



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